Então, se você já passou para a linha de baixo, acredito que tenha tempo para mim. Não acho ruim essa expressão de dizer que é uma "longa história"; porque não tenho preguiça de contar. Falo, pois os outros tem preguiça de ouvir. Preguiça, porque uma história vem de muitas outras. Preguiça, porque quando tomamos uma decisão, toda nossa história toma a decisão conosco.
Estou aqui escrevendo um monte de baboseiras e quem foi que disse que nada tem com o fato de eu ter nascido de cesariana em uma terça 13, que me faz libriana, com ascendente em escorpião, lua em touro e eu nem acredito em signos, mas vai que cola, vai que é isso.
Na verdade, nem sei de que história estamos falando mais, já que todas as histórias me parecem longas demais. Escritas ou contadas não tem o mesmo tremor de viver. Viver é essa coisa de não saber o tamanho da história, da dor, do amor, da queda, o tamanho de nós mesmos.
Demais, cara, o resto é uma longa história que fica pra amanhã, pra depois, pra outra vida, quem sabe. Sou ansiosa demais para manter o raciocínio.
Mas se estamos falando de histórias, há diversas versões da mesma. Coisas que não significam pra você e pra mim, enfiam facas. Coisas que são naturais pra mim é de repente te deixam muito feliz. Não dá pra medir mesmo os outros com a nossa régua, não dá mesmo pra se colocar no lugar de alguém, porque não se sabe, do fundo da alma, da história de ninguém.
Não me julgue por isso, você não sabe nada da minha história e também, deixa pra lá, é uma longa história...
13 de Abril de 2016
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